EPICONDILITES (DOR NO COTOVELO)

Uma das queixas freqüentes no consultório reumatológico são as dores na região do cotovelo. As doenças mais comuns nesta região é o que denominamos de Epicondilites. Podem ocasionar dor na parte lateral do cotovelo, popularmente conhecido como cotovelo de tenista, ou então dor na parte medial do cotovelo, conhecida como cotovelo de golfista.Outro termo utilizado para estas doenças é a Tendlnose, processo pelo qual existe alterações degenerativas e fibrose dos tendões que se aiginam do osso epicondilo.

As Epicondilites são as mais comuns síndromes de stress do cotovelo. São uma inflamação dos ossos epicôndilos, extremidades ósseas no lado de fora ou dentro do cotovelo. 

Áreas estas que originam os músculos que se direcionam para o nosso antebraço e são responsáveis pelos movimentos do punho. Os principais músculos que podem ser afetados são os extensor- radial do carpo e extensor- comum dos dedos.

Quando a inflamação é na saliência óssea do lado de fora do cotovelo, denominamos de cotovelo de tenista (epicondilite lateral) e quando é afetada a saliência óssea do lado de dentro denominamos de cotovelo de golfista ou epicondilite medial.

Apesar das denominações estarem relacionadas com determinados esportes, estas inflamações não estão restritas aos esportistas. Podem acometer Profissionais de outras áreas como por  exemplo pintores, tapeceiros, carpinteiros, músicos e trabalhadores de produção em linha. Músicos que utilizam instrumento de corda e necessitam de movimentos finos e repetitivos são altamente susceptíveis a apresentar a epicondilite lateral.

A epicondilite medial também pode se apresentar em jogadores de tênis que utilizam mais força no “forhand”.

Existem cerca de 20 milhões de tenistas nos EUA e estima-se que em tomo de 5O% poderão desenvolver a epicondilite em algum momento da sua atividade esportiva.

A maior ocorrência da EL é encontrada em grupos de tenistas na faixa etária de 35 a 5O anos. Sabemos que tenistas profissionais apresentam menor incidência se comparado com os tenistas amadores.

Muitas são as causas das epicondilites, as mais comuns são:

1- Tensão súbita no músculo;

2- Micro traumas repetitivos no esporte ou trabalho;

3- Deficiência dos músculos do ombro, os quais se tornam insuficientes para absorver e distribuir a energia do movimento; 4-Freqüência e intensidade das atividades;

5- Vibrações transmitidas para o cotovelo através do conjunto raquete- corda- bola;

6- Ausência de preparação cinética e coordenativa;

7- Utilização inadequada de equipamentos e acessórios, sejam eles no trabalho ou nas atividades esportivas;

O principal sintoma é a dor localizada no lado de fora ou de dentro do cotovelo e às vezes com irradiação para o antebraço. É raro o aparecimento de edema ou hematoma.

Algumas queixas são características, como sentir dor durante um aperto de mãos, dor ao segurar um copo ou xícara de café e o movimento de abrir ou fechar a porta.

O quadro clínico apresenta estágios variados. Pode ter um aparecimento súbito decorrente de um esforço ou pode se apresentar somente durante certos movimentos como os citados acima. De um modo geral a história clínica e o exame físico são suficientes para o médico fazer o diagnóstico da epicondilite. Um quadro clinico com duração maior do que 3 meses consideramos já um processo inflamatório crônico.

Exames complementares como radiografias simples, ultrassonografia ou ressonância magnética podem ser realizados para diagnósticos diferenciais ou quando o processo inflamatório é crônico acarretando alterações degenerativas e eventuais micro rupturas do tendão extensor.

O tratamento é sempre conservador através do repouso, medicação anti inflamatória, fisioterapia para analgesia e exercícios de alongamento da musculatura do membro superior.

A Acupuntura também está indicada nas epicondiiles. Após a melhora da dor e do processo inflamatório inicia-se a correção postural para o esportista ou o trabalhador, evitando-se assim o reaparecimento dos sintomas.

A maioria dos pacientes evolui com alivio dos sintomas. porém esta melhora é lenta e gradual. A Imobilização do membro superior é desaconselhável.

Outra alternativa é a infiltração (Injeção no local da dor) com anestésico e corticosteróide, porém apresentam alta taxa de recidiva tomando o procedimento pouco resolutivo.

Em raros casos está indicado o tratamento cirúrgico, geralmente indicada quando o quadro persiste por um período de 6 a 12 meses e são refratários ao tratamento conservador.

Podemos afirmar que as epicondililes na sua grande maioria melhora com o tratamento conservador, apesar de obtermos uma melhora muitas vezes lenta, gradativa e que durante o período de tratamento ocasionará dificuldades nas atividades laborativas ou esportivas .0 tempo médio da recuperação é estimado entre 6 semanas e 22 meses. 

Adaptado do site:  http://www.ondasdechoque.med.br

Atenção: as informações contidas neste site têm caráter informativo e não devem ser utilizadas para realizar auto-diagnóstico, auto-tratamento ou auto-medicação. Em caso de dúvidas, o médico deverá ser consultado. 

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