É uma doença inflamatória crônica severa, debilitante, com localização variada mais comumente nas articulações, com dores e deformidades progressivas, sem uma causa específica identificável e atualmente considerada sem cura.
EPIDEMIOLOGIA
Doença universal com prevalência entre 0,5 a 1% na população adulta.
Aumenta para 4,5% considerando-se 55-75 anos.
Incidência anual 0,1-0,2/1.000 homens e 0,2-0,4/1.000 mulheres.
Sinais e sintomas máximos no início do quadro e erosões ósseas dos 2 aos 5 primeiros anos da doença.
Mais de 50% dos pacientes apresentam dificuldades no desempenho das atividades profissionais, após 10 anos.
ASPECTOS GERAIS
Doença Inflamatória sistêmica crônica
Incidência máxima – 4ª à 6ª décadas de vida
Mulher 3:1
12-30% gêmeos monozigóticos
Etiologia: resposta imunológica e inflamatória desencadeada por infecção, polimorfismos genéticos ou combinação de fatores genéticos, auto-imunidade mediada por anticorpos e céls T, desregulação da produção de citocinas pró e anti-inflamatórias, e transformação da sinóvia em tecido celular invasivo (pannus)
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
A orientação para diagnóstico é baseada nos critérios
de classificação do Colégio Americano de Reumatologia:
1. Rigidez matinal: rigidez articular durando pelo
menos uma hora.
2. Artrite de três ou mais áreas: pelo menos três áreas
articulares com edema de partes moles ou derrame
articular, observado pelo médico.
3. Artrite de articulações das mãos (punho, interfalangeanas
proximais e metacarpofalangeanas).
4. Artrite simétrica.
5. Nódulo reumatóide.
6. Fator reumatóide (FR) sérico.
7. Alterações radiográficas: erosões ou descalcificações
localizadas em radiografias de mãos e punhos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Desenvolvimento de dor e/ou rigidez articular no decorrer de várias sem a meses, de volume simétrico, poliarticular e aditiva (70% casos).
Articulações : IFP, MCF, punho, cotovelo, ombro, joelho, tornozelo, MTF. Em 1/3 pode estar limitada a1 ou 2 articulações
Mal-estar, fadiga, febre baixa
Alteração atividades da vida diária, alterações sono, depressão, perda de peso
FR – 80-90%
Início agudo em 20% dos pacientes
MANIFESTAÇÕES EXTRA-ARTICULARES
Nódulos subcutâneos (20%)
Alterações hepáticas
Envolvimento pulmonar (1-5%)
Envolvimento cardíaco (50%)
Comprometimento ocular (15%)
Comprometimento muscular
Comprometimento renal
Amiloidose
Vasculite reumatóide
Neuropatia periférica
Síndrome de Felty (15%)
Neuropatias compressivas
TRATAMENTO
Programa que combine apoio médico, social e emocional para o paciente.
As maiores metas do tratamento consistem em reduzir a dor e o desconforto, prevenir deformidades e diminuição da função articular, e manter uma vida produtiva e ativa.
As opções de tratamento incluem redução do stress articular, terapia ocupacional e fisioterápica, terapia farmacológica e intervenção cirúrgica.
Estratégias farmacológicas
Existem 3 classes gerais de drogas:
– agentes antiinflamatórios não hormonais;
– corticosteróides;
– drogas de base ou remissão.
Autor: Dr. Alex Magno Coelho Horimoto
Reumatologista / MS
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