ARTRITE PSORIÁTICA

Acontece somente em 5 a 8% dos pacientes com psoríase cutânea, principalmente entre 30 a 45 anos, sem predomínio de sexo

Predisposição genética pelos genes: HLA B38 e B39, 27. E pode acontecer associação após infecção pelo HIV.

QUADRO CLÍNICO:

Na artrite psoriática, a lesão cutânea costuma preceder o quadro articular em 75% dos casos, havendo início simultâneo em 10% dos pacientes; nos restantes 15%, a artrite precede a psoríase cutânea. Não costuma haver correlação entre o tipo ou a gravidade da lesão cutânea e a presença, tipo ou extensão do quadro articular. Quando existe suspeita clínica de artrite psoriática e o paciente nega ter psoríase cutânea, convém procurar a lesão cutânea no couro cabeludo, em superfícies extensoras de grandes articulações (joelhos, cotovelos) ou na região umbilical. Alguns pacientes com oligoartrite assimétrica podem referir história passada de psoríase gutata ou história familiar positiva de psoríase.

Classicamente, a artrite psoriática apresenta cinco formas clínicas, tais como: Oligoartrite assimétrica (70%): é a forma clínica mais freqüente, acometendo grandes e/ou pequenas articulações. É comum a presença de tenossinovites, com os chamados “dedos em salsicha”. Poliartrite simétrica (15%): apresenta quadro articular muito semelhante a artrite reumatóide. Pode acometer as articulações interfalangianas distais, comumente não afetadas na artrite reumatóide. Distal (5%): acomete exclusivamente as articulações interfalangianas distais, geralmente associada a lesões ungueais (pequenas depressões circulares no leito ungueal, que demanda diagnóstico diferencial com micose ungueal).

Artrite mutilante (< 5%): é a forma clínica menos freqüente e a mais grave, acometendo geralmente indivíduos jovens, na 2ª e 3ª décadas de vida. Acomete pequenas articulações de mãos e pés, evoluindo para deformidades importantes, com encurtamento dos dedos. Espondilite (5%): o quadro clínico pode ser indistinguível daquele apresentado pela espondilite anquilosante. No entanto, costuma haver muitas diferenças radiológicas entre a espondilite psoriática e a espondilite anquilosante.

Acometimento extra-articular: ocular (1/3), insuficiência aórtica e fibrose pulmonar apical

Achados laboratoriais:

provas de atividade inflamatória elevadas, hiperuricemia e hipergamaglobulinemia

Formas de apresentação:

Oligoartrite assimétrica (60%), Mãos em IFD (5 a 10%), poliartrite simétrica (25%), artrite mutilante (5%) e forma espondilítica

Tratamento: Os antiinfiamatórios não hormonais são utilizados de rotina no tratamento da artrite psoriática, com evidente melhora da dor articular e sem provocar exacerbação das lesões cutâneas, mas não afetam a evolução da doença. Quanto aos corticosteróides, embora concorram para melhoria da dor e inflamação articular, estão associados a exacerbação da lesão cutânea no processo de retirada da droga, USO PELO MENOR TEMPO NECESSÁRIO.

Não existe nenhuma droga de base que comprovadamente altere a evolução da artrite psoriática. Nos casos não responsivos aos AINH, a droga de primeira escolha é o metotrexato, por via oral ou intramuscular. A grande vantagem do metotrexato é sua ação tanto em nível cutâneo quanto articular. Nos casos mais leves, também podem ser utilizadas a sulfassalazina e a hidroxicloroquina, enquanto nos casos mais graves pode ser utilizada a azatioprina e o Leflunomide (Arava).

Atualmente existem novas perspectivas de tratamento EM CASOS MAIS GRAVES  e incluem as medicações biológicas. Existem atualmente disponíveis no mercado três agentes, etanecerpt, inflixmab, adalimumab que agem como inibidores dos receptores das citocinas incluindo o TNF-a.                                                                                                 Logo, a terapia biológica visa romper um elo da corrente da cadeia inflamatória, atuando especificamente, rompendo o mesmo, permitindo controlar os sintomas decorrentes da inflamação. Observa-se uma diminuição dos níveis de TNF-a. Trabalhos científicos mostram que esses agentes beneficiam os pacientes com psoríase e artrite psoriática e contribuindo para um tratamento mais eficaz e menos tóxico naqueles casos em houve falha da terapêutica convencional, sendo aprovados pelos órgãos de controle ANVISA e FDA dos EUA, entre outros.

Autor: Dr. Alex Magno Coelho Horimoto

Reumatologista / MS

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